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quarta-feira, setembro 28, 2011

Afrodisíacos! Mitos ou verdade?


Falamos deencantamento, de libido, de sabor, de cheiros. E aliamo-nos, por momentos, a práticas nem sempre acolhidas pelos poderes instituídos, mas que certamente nos podem oferecer o que a vida tem de melhor.
“Desde muito cedo se iniciou a procura do que pudesse potenciar o desejo. Para dar vazão a uma incansável procura, surgiram inúmeras receitas ou práticas, que foram sendo utilizadas ao longo dos séculos. Nos alimentos destacam-se os frutos, as sementes, os legumes, as raízes, as especiarias, os animais”, explica a sexóloga Vânia Beliz.

Fazendo uma pesquisa pelo tempo, os gregos deixaram uma herança bem condimentada ao culto do prazer. Um assunto que ocupou as mentes dos intelectuais, dos artistas e dos druidas da época. Cultivam Afrodite, a deusa que imortalizou a sensualidade, o prazer, a reprodução. As orgias da Grécia Antiga ficaram para sempre no imaginário, pela ostentação e poções afrodisíacas que eram consumidas. Curioso será readquirir uma tradição das cortesãs gregas. Conta-se que usavam perfume da flor de violeta nas zonas erógenas, que, misturado com o suor e as secreções femininas, estimulava os homens de todas as idades.
Os romanos gostavam de ver cenas eróticas em peças de teatro e de se regalar em jantares onde era servido fígado de lúcio, miolos de pavão e língua de guará. A rainha Cleópatra passava uma pasta de mel com amêndoas moídas nas partes íntimas para que os eleitos lambessem e endoidecessem. A civilização árabe contribuiu bastante para a cultura afrodisíaca. A obra "O Jardim Perfumado para Deleite da Alma", do xeque Nefzawi, é uma grande orientação. Na Índia, o Kama Sutra diz que “muitos ovos fritos em manteiga e mergulhados em mel fazem o membro ficar erecto por uma noite inteira”. Na China, há mais de dois mil anos, um monge taoísta compilou notas das maratonas sexuais da mulher com variadíssimos voluntários para desenvolver dietas para a saúde e alegria genital feminina.
Mito ou há fundamento? “Acima de tudo existe o poder da sugestão que funciona com base nas nossas crenças. Se acreditamos que aquele alimento ou produto tem o poder de mudar a nossa sexualidade, dando-nos mais prazer, isso acontece”, explica Vânia Beliz. “Afinal, o poder das nossas crenças pode influenciar o nosso comportamento.” Os mais novos parecem ser os mais interessados. “É cada vez mais comum a aquisição de produtos afrodisíacos pelos jovens devido à contínua valorização da performance e actividade penetrativa. Para os jovens interessa mais uma erecção duradoura do que qualquer outra coisa e este é um pensamento que temos de ir desmistificando.” Cuidado: pode o feitiço virar-se contra o feiticeiro. “Existem igualmente plantas com propriedades vasodilatadoras que parecem ter muitos fãs. Mas o cuidado é necessário e não se deve abusar das quantidades: uma coisa é tomar um chá com uma colher de café de pau de Cabinda para determinada quantidade de água; outra é colocar numa chávena o equivalente para cinco litros de água! É preciso ter cuidado com o que experimentamos”, adverte a sexóloga.
Também não deixa de ser afrodisíaca uma noite bem preparada. “Não é à toa que se dizia que os homens (e as mulheres, acrescentamos) se conquistam pela barriga. Sabemos que a comida é um dos prazeres que muitos não dispensam; por isso, qualquer refeição deliciosa pode tornar-se apelativa e abrir os sentidos. Depois, toda a envolvência conta. Um prato bem elaborado, um vestido provocador, um copo de um bom vinho, uma música agradável. Afinal, todos os sentidos são importantes”, lembra Vânia Beliz. A especialista deixa um repto aos leitores masculinos. “O nosso desejo não se encontra em cápsulas nem em alimentos… O nosso desejo desperta com a atenção que nos dão, com aquilo que nos fazem sentir. Se ele tiver aquele dom para a cozinha, qual é a mulher que não gosta de uma mesa bonita e de um pratinho apetitoso?”

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