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domingo, abril 17, 2011

A perda de desejo sexual afecta uma em cada dez mulheres portuguesas. O que fazer para a travar?


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Dores de cabeça e cansaço. Estas são as desculpas mais utilizadas pelas mulheres que não sentem vontade de ter relações sexuais.

Para muitas, a situação é passageira, mas para outras pode revelar a perda progressiva da libido, uma questão de saúde que preocupa a comunidade científica e que também pode ter sérios reflexos na relação conjugal do casal.
Nos Estados Unidos da América, este é o problema sexual mais comum do sexo feminino. Gerald Weeks, terapeuta sexual, garante que cerca de um terço das mulheres com uma vida sexual activa sofre ou irá sofrer de Desejo Sexual Hipoactivo (DSH) em alguma fase da vida.
Em Portugal, dez por cento das mulheres sofre de disfunções do desejo sexual, enquanto cinco por cento tem disfunções do orgasmo e dores no acto sexual, segundo as estatísticas apresentadas em Junho de 2009 no congresso da Associação Portuguesa de Urologia (APU). Os mistérios da sexualidade feminina podem estar na origem do problema, mas esta não é a única explicação.

As diferenças

Vera Ribeiro, psicóloga clínica e especialista em sexologia, considera que a perda de desejo sexual é um problema feminino porque as suas causas são, na maioria das vezes, de origem psíquica. «O funcionamento sexual das mulheres é muito mais emocional do que físico, ao contrário do que acontece com o homem. Se a parte psicológica não se encontrar a, pelo menos, 80 por cento, muito dificilmente ela estará disponível para fantasiar sexualmente ou para ter relações com o parceiro.»
Do lado masculino, mesmo que o stress tome conta do dia-a-dia, a especialista considera que a disponibilidade mental para o relacionamento é diferente. «O homem consegue sempre manter a possibilidade de fantasiar, o que é a base de todo o desejo sexual.»

Razões de sobra

Uma série de factores psíquicos podem influenciar o desejo sexual feminino, como a existência de problemas familiares, profissionais ou económicos, casos de depressão ou de abuso sexual. Estas situações, sublinha Vera Ribeiro, não necessitam de uma intervenção médica, mas antes de acompanhamento psicológico.
A perda de desejo sexual pode estar também associada a doenças como hipertensão, cancro, diabetes, problemas a nível da tiróide, problemas cardíacos, doenças do foro neurológico e doenças auto-imunes. Para além disso, «alguns medicamentos para a hipertensão, antidepressivos, contraceptivos orais combinados, bem como o abuso de álcool e drogas estão associados à diminuição do desejo sexual», sublinha.

Mulheres sob pressão

De acordo com estudos recentes, longe vão os tempos em que a perda da libido surgia apenas nas fases
pós-parto e pós-menopausa. Actualmente, cada vez mais mulheres entre os 18 e os 50 anos se queixam deste problema. Na opinião de Vera Ribeiro, a mudança de comportamentos poderá estar relacionada com esta perda do desejo, já que muitas mulheres iniciam a vida sexual quando ainda não conhecem o próprio corpo, «não sabem como poderão obter prazer com os seus parceiros, o que pode levar a uma diminuição gradual do desejo.»

Por outro lado, a instabilidade conjugal pode interferir. «Numa fase inicial, a mulher deixa de ter relações por se encontrar irritada com o parceiro, o que é natural, mas esta situação pode ter um efeito de bola de neve», exemplifica.
SapoMulher.

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